Manhã tão pura e breve
Que aquele botão de rosa nem resume...
(Meu coração sobre isto escreve,
Mais do que sabe, o que presume).
Manhã tão curta, que adornou
Meus pensamentos pequenos
E com nada ficou.
Oh! Uma manhã de menos!
O que isto significou!
Vitorino Nemésio (em: Eu, comovido a Oeste, 1940)
"A Primavera, como uma manhã, dura apenas um instante: quando o queremos agarrar, fugiu para longe, para sempre. A nós compete apenas o saborear das cores, dos cheiros e dos cantares da natureza que desperta. Na beleza do instante podemos encontrar sentido para o que dura (e muitas vezes é duro) ou prender-nos na nostalgia do passado fugidio.
Que Primavera quero viver?"
(Comentário de António Ary in http://www.essejota.net/)
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